terça-feira, junho 12, 2007

Timidez

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
_mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
_palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
_que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
_e um dia me acabarei.
(Cecília Meireles)
Um beijo Fúria
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18 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Bela poesia aqui plantada ao som de bela tambem musica, gostei muito de aqui repousar...

Meu doce beijo e meu rastoooo

terça-feira, junho 12, 2007  
Blogger Kalinka said...

OLÁ AMIGA

desculpa usar as tuas palavras tão certas:
Tudo que desejo é repousar
Deitar-me
Fechar os olhos
Porque hoje nada sinto...

É A PURA VERDADE.
QUERO MESMO REPOUSAR...
E...ALI FICAR...
deixei um comentário, por engano, no outro post anterior.

Beijos e abraços.

terça-feira, junho 12, 2007  
Blogger Menina do Rio said...

Basta um pequeno gesto
Um olhar, mesmo incerto
Um leve roçar de lábios
para que te sinta perto

As vezes um pequeno gesto é tudo o que precisamos...

beijinhos e obrigada pela visita!

terça-feira, junho 12, 2007  
Blogger Ricardo Rayol said...

Você escolheu um texto denso para hoje, maravilhoso.

terça-feira, junho 12, 2007  
Blogger Pedro Jorge Moreira da Silva said...

huove um dia alguem
que por ele passava e sempre a medo por vezes um bom dia lhe dava
pouco a pouco uma amizade foi crescendo, mas ela nem adivinhava o sentimento que dentro dele crescia
mas na sua timidez ele resolveu nunca lhe contar
nao queria aquela amizade estragar
mas um dia um infortinio a levou para o sitio de onde ninguem mais voltou.
a mae resolveu o seu diario lhe dar pois nele esse desejo escrito estava
e ele leu sem querer acerditar:
hoje finalmente ele me disse ola
aquase a medo lhe respondo pois meu corpo termia e minha voz poderia isso revelar
mais a frente ela dizia hoje sua boca perto da minha passou fiquei louca por pouco um beijo nao lhe roubei
mas nao quero esta amizade que tanto prezo estragar se o meu amor revelar

terça-feira, junho 12, 2007  
Blogger marco said...

nao é preciso seres timida comigo...eu tb o sou!!
beijos timidos!

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger A.S. said...

Este comentário foi removido pelo autor.

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger A.S. said...

Um belo poema de Cecilia Meireles, com tons de algum lirismo...


"E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando..."


Lindooooo......


Um terno beijo!

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger mixtu said...

bem...
excelente.. amei

oh curiosa... yayay
abrazo

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger Poeta Đa Lua said...

"nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando..."

esta mulher é sempre profunda na essência dela e na do mundo...
um abraço e um sorriso!

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger mitro said...

Gostei do poema...

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger Silêncio © said...

Olá minha querida,
Tenho um presentinho no meu canto para ti.
Passa lá a buscar o teu award...

Um Beijo em Silêncio

quarta-feira, junho 13, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Cecilia Meireles, é tudo de bom, estou começando a ler a obra dela, é apaixonamte do principio ao fim, a emoção colocada a cada frase. abraços

quarta-feira, junho 13, 2007  
Blogger linfoma_a-escrota said...

Serás espasmo sem nada em comum?
Vais-me enganar com o primeiro beijo?
Teu batôn segrega sina aflitiva
e, como sonâmbulo na penumbra,
desembocarei nele porque é fado,
não protestarei a perfeição que vos abala
neste pôr-do-sol a dobrar revejo-nos
em todas as historietas que recontas portanto,
deixo dissolver-se esta atribulante paisagem
e estendo-me ao comprido no lixo do Adamastor,
esperando amável a purificação que escolheu
aceitar acariciar o áspero que raramente adoça.

Têm veneno teus lábios,
pois junto-me ao curriculum de ilusões
como autocolantes colecionados numa carcaça,
não posso começar sem ser autêntico
só para abalar o caule desta espécie de flôr,
reformada sua floresta emaranhada,
posso seguir conselhos d’albatrozes da noite
e utilizar a comoção como roleta-russa,
vezes e vezes sem conta que sorri sem querer
apercebo-me da conclusão simples que reflecti.
Será agora a revelação assombrada que receio?
Vais-me entediar com catarata de caibrãs caducadas?

Por um lado emanas a perplexidade da pena
de seres mais experiente e nunca teres amadurecido,
consigo ler as desilusões d’ingenuidade ou
serão já padrões desfocados a quem te rebaixas?
Inexprimes-te demasiado bem como se
fosse impossível insultar-te e desapareceres a correr,
espanta-me só a proximidade folclórica, tão inóspida,
entre a escória refrigerada e a traça da ginástica!


in trepidação/trepanação 2004


WWW.MOTORATASDEMARTE.BLOGSPOT.COM

quinta-feira, junho 14, 2007  
Blogger Mustafa Şenalp said...

çok güzel bir site.

quinta-feira, junho 14, 2007  
Blogger Moura ao Luar said...

uM BEIJO :-)

quinta-feira, junho 14, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Ola...

Voltarei para te ler, agora é só para te dizer que tens um miminho no meu espaço, vai la ver...

Beijinho
Vity

quinta-feira, junho 14, 2007  
Anonymous Anônimo said...

Não canso de ler este poema ... :)
Bom fim de semana.
Beijito.

sexta-feira, junho 15, 2007  

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